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Como lidar com riscos ao investir em renda variável

O risco no mercado de investimentos

Autor: Luiz Affonso MehlFonte: O Autor

Investir pode trazer muitos resultados. A questão é se organizar em função das possibilidades que o mercado oferece. É fundamental entender que cada produto financeiro existe para atingir determinado objetivo. O leque de opções é extenso: algumas são mais conservadores, como os de renda fixa, enquanto outros são mais arrojados, como a renda variável.

O risco no mercado de investimentos

O risco é um elemento fundamental a ser compreendido no processo de investir. No mercado, quanto maior é a exposição ao risco, maior costuma ser a rentabilidade potencial de um investimento. Da mesma forma, quanto mais seguro é o ativo, menor tende a ser a rentabilidade oferecida por ele.

É por isso que investimentos de renda fixa que contam com a proteção de instituições como o governo federal, por exemplo - caso do Tesouro Direto - são mais seguros e, consequentemente, menos rentáveis do que os produtos negociados na Bolsa. O fato é que, quando o investidor entra no mercado de renda variável, investindo em ações de uma empresa, por exemplo, torna-se sócio daquele projeto e compartilhará de seu sucesso ou insucesso financeiro.

Vale lembrar que o risco da renda variável advém das flutuações nos preços dos ativos da Bolsa e da impossibilidade de prever se haverá e, se houver, quanto será a rentabilidade.

O que o investidor iniciante deve fazer

Isso não quer dizer que o investidor iniciante não deve aplicar em renda variável. Até porque ela não se resume apenas ao mercado de ações. Os fundos de investimentos, por exemplo, são ativos que permitem aplicar em renda variável por meio de cotas. Dessa forma, ele não se torna um dos donos de uma empresa, mas sim, cotista de um fundo.

O interessante é que, neste caso, esse investidor atribui a um gestor a responsabilidade pela escolha de onde investir os recursos do grupo, o que costuma amenizar os riscos nesse tipo de aplicação. No caso dos fundos imobiliários, por exemplo, todos os recursos são destinados a projetos que compram, vendem ou alugam empreendimentos como shoppings, galpões para estoque de produtos, redes de hospitais, entre outros.

Além disso, outros tipos de fundos, como os Exchange Traded Funds (ETFs ), em português, fundos de índice, contam com gestão passiva, ou seja, elas tomam como referência determinado índice e o replicam nas aplicações dos cotistas. Assim é possível investir de acordo com a flutuação do índice Bovespa, por exemplo, sem que haja a necessidade da ação de um gestor.

Em resumo, mesmo o investidor iniciante tem como obter bons resultados indo além da renda fixa. Basta ter atenção aos tipos de investimentos em renda variável e aplicar com critérios, considerando seu perfil pessoal e tolerância ao risco.

A importância do manejo de risco

Formar patrimônio no mercado de investimentos depende da capacidade que o investidor tem de lidar com os riscos que aparecem em todas as aplicações.

Para ser assertivo, o recomendável é estudar cada solução presente no mercado e avaliar a compatibilidade com o perfil de quem investe. Uma pessoa com maior renda e conhecimento empresarial, que está mais disposta a correr riscos, pode usar o mercado de ações na busca por maiores rentabilidades. Já para quem tem poucos recursos e pretende começar do zero, vale a pena priorizar ativos de renda fixa para começar seu projeto.

Bons investidores costumam montar uma carteira de investimentos com três elementos fundamentais: a rentabilidade, a liquidez e a segurança. Embora todos dificilmente sejam encontrados em um mesmo ativo, a estratégia é investir em diferentes soluções para que eles apareçam no conjunto, de forma equilibrada de acordo com o perfil do investidor. O mais importante é o investidor compreender a lógica por trás de cada ativo e assim escolher aquele que tem mais a ver com o seu perfil individual.