Muitas pessoas precisam realizar, anualmente, a declaração do imposto de renda, para atualizar uma série de informações sobre suas vidas financeiras. O processo é cada vez mais digital e automático, e já está incorporado na rotina de milhões de brasileiros.
Em linhas gerais, nós pagamos o tributo e as entidades do poder executivo fazem uso desses recursos para compor o caixa do governo, num lugar chamado Tesouro. “Essa situação tem mudado, com a possibilidade de decidirmos direcionar parte do imposto diretamente para alguns segmentos da sociedade. Assim, o valor é reservado e enviado para essas instituições”, explica o especialista em finanças pessoais, João Victorino.
Todas as pessoas que preenchem a declaração de Imposto de Renda no modelo completo, tanto as que precisarão pagar o imposto; as que terão direito à restituição e até empresas que declaram pelo regime de lucro real, podem direcionar parte do valor para as causas socioambientais.
Pessoas físicas podem doar até 6% do valor do imposto devido para fundos municipais, estaduais e federais de apoio a projetos e causas sociais. Já pessoas jurídicas (empresas) podem doar até 1% do IR devido para fundos da infância ou da pessoa idosa e usar incentivos fiscais para fazer doações a projetos culturais.
As instituições sociais que podem receber o valor doado são: Fundos ligados ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); Fundos do Idoso; Fundo de Incentivo à Cultura; Incentivo à atividade Audiovisual; Fundos de Incentivo ao esporte e paradesporte. As indústrias e as entidades dedicadas à reutilização, ao tratamento e à reciclagem de resíduos sólidos produzidos no território nacional poderão receber doações de pessoas físicas e jurídicas.
“Não podemos esquecer que somente instituições devidamente registradas, que atendam aos requisitos estabelecidos pelo governo para receber as doações dos contribuintes estarão aptas a figurar neste tipo de transação”, explica o especialista.
Confira, em dois passos, como destinar esse valor para as ações sociais:
O especialista João Victorino explica que no final, você vai precisar comunicar a instituição para a qual destinou os recursos, uma vez que a destinação do valor não ocorre de modo automático. “Para que tenha conhecimento da doação e, dessa forma, consiga ter acesso ao dinheiro, será preciso informar à instituição beneficente, por meio de e-mail ou ligação telefônica. Em seguida, você poderá enviar os comprovantes do pagamento da DARF da doação, para que, então, a instituição inicie os trâmites legais com a Receita Federal”, diz.
Assim, é possível ter um recibo da doação para o fundo que recebeu seu pagamento. “Com estas ações, haverá uma maior garantia de que o dinheiro doado realmente chegou à instituição que você ajudou”, finaliza.
Sobre João Victorino
João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas pela Universidade e com MBA pela instituição. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro.
Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João é líder em diversidade e inclusão na Visa, atuando em prol de pessoas com deficiência. O especialista busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.
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