A Diligent, empresa líder em soluções SaaS para governança, risco, compliance e ESG, divulgou um novo relatório que examina a percepção dos conselhos de administração em relação ao ESG (Ambiental, Social e Governança) nas empresas europeias e norte-americanas, e traça um paralelo com o panorama brasileiro. O relatório apresenta percepções sobre o tema e seu impacto nos negócios.
De acordo com a pesquisa, 56% das empresas europeias enxergam o ESG como uma oportunidade, em comparação com apenas 30% nos Estados Unidos. Por outro lado, as empresas americanas são mais propensas a considerar o ESG como um risco, com 34% delas expressando essa visão em comparação a apenas 13% das empresas europeias.
O relatório é baseado em entrevistas conduzidas com 1000 diretores de empresas globais. A amostragem incluiu empresas públicas listadas em bolsa, empresas pré-IPO e outras empresas privadas de diversos setores. Do total de entrevistados, 44% eram representantes de empresas sediadas nos Estados Unidos, 34% representavam empresas sediadas na União Europeia ou no Reino Unido, e o restante representava empresas sediadas em outras partes do mundo.
Os dados revelam que 90% das organizações incorporaram metas ou métricas ambientais em seus negócios, enquanto 87% fizeram o mesmo em relação a metas e métricas sociais. Além disso, 29% dos entrevistados preveem um esforço mais concentrado em iniciativas de ESG nos próximos cinco anos, e 18% esperam uma conexão mais estreita entre essas iniciativas e o impacto nos negócios.
"Podemos dizer que, em termos regulatórios de ESG, há mais pressão sobre as empresas na Europa do que nos Estados Unidos. Há particularidades entre as empresas desses dois locais que podemos destacar, até mesmo historicamente, que na Europa uma população mais atenta e preocupada com questões de ESG como câmbio climático, e portanto, maior pressão de stakeholders sobre as empresas”, destaca André Bodowski, vice-presidente de América Latina da Diligent.
O relatório aponta também que as companhias europeias tendem a discutir o progresso nas metas de ESG com mais frequência em reuniões e estão integrando métricas ambientais e sociais em mais áreas de seus negócios. No entanto, os conselhos de administração dos Estados Unidos têm se concentrado em garantir que a estratégia ESG seja adequadamente refletida nos relatórios anuais e outras divulgações, além de aprimorar as divulgações relacionadas ao ESG.
Bodowski afirma que historicamente, na Europa, há uma preocupação maior com questões de ESG, como mudanças climáticas, e, portanto, uma maior pressão dos stakeholders sobre as empresas. “Além disso, nos Estados Unidos há uma politização do tema ESG: as assembleias estaduais criando leis Anti-ESG, mas, ao mesmo tempo, certos estados com legislações que incentivam ou obrigam que gestores de fundos de pensão estaduais a utilizam mais fatores de ESG em suas alocações de investimento”, explica.
O relatório levanta ainda questões sobre se os Estados Unidos conseguirão alcançar seus pares europeus na integração da estratégia ESG; conforme a SEC (Securities and Exchange Commission) finaliza novas regras sobre divulgações climáticas e acionistas, e outras partes interessadas continuam a expressar suas preferências, há possibilidade que isso ocorra. No entanto, também pode surgir uma resistência crescente devido às preocupações sobre a relevância para a estratégia de negócios.
No Brasil, a preocupação com questões de ESG está em constante desenvolvimento, trazendo bons exemplos tanto de empresas europeias como norte-americanas. “É um cenário que ainda tem muito a ser explorado nos próximos anos”, ressalta Bodowski.
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