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Dólar sobe com PCE dos EUA e pressão na Ptax, após cair por venda de US$ 1,5 bi em leilão

Fechamento de mercado da semana e análise

Na segunda-feira (26), o dólar à vista (USDBRL) tentou retomar o patamar de R$5,50. A escalada das tensões no Oriente Médio reforçou a busca por ativos de segurança, além das expectativas por novos dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos. Comparada ao real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,4928 (+0,24%). Durante a sessão, o dólar registrou a mínima intradiária de R$ 5,4735. O dólar ganhou força no Brasil e no exterior devido à espera por novos dados de inflação nos Estados Unidos e à intensificação das tensões no Oriente Médio. No fim de semana, Israel e o grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, trocaram ataques de mísseis e drones. As negociações de cessar-fogo em Gaza seguem paralisadas. Com as incertezas sobre os conflitos crescentes na região, os investidores aumentaram a busca por ativos de segurança, como a moeda norte-americana e o ouro.

Terça-feira
O dólar fechou em alta na terça-feira, enquanto investidores repercutiam dados de inflação no Brasil. A moeda americana terminou o dia (27) com uma valorização de 0,18%, cotada a R$ 5,5027, após abrir o dia em baixa de 0,17%. Ao longo da sessão, a divisa oscilou entre uma máxima de R$ 5,5189 e uma mínima de R$ 5,4778.
O Ibovespa encerrou a sessão de terça-feira com um declínio marginal após os ajustes finais do pregão, reflexo de movimentos de realização de lucros que prevaleceram sobre a alta de 3% da Vale, após o índice renovar sua máxima histórica intradiária. Em um dia de agenda relativamente vazia no exterior, o mercado de câmbio careceu de um gatilho realmente forte que pudesse influenciar as cotações.

O dólar sustentou ganhos frente a divisas como o peso mexicano, o peso colombiano e o peso chileno, o que trouxe um viés de alta também em relação ao real. No entanto, como em sessões anteriores, as oscilações foram limitadas, com investidores aguardando novos dados para precificar melhor o início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos. Na terça-feira, ainda havia alguma aversão ao risco devido ao conflito envolvendo Israel no Oriente Médio, que, na segunda-feira, deu força ao dólar. Porém, a precificação é contida, e o mercado segue sem direção definida, aguardando novos dados.

Quarta-feira
O dólar à vista fechou a quarta-feira com uma alta expressiva em relação ao real, próxima de 1%, impulsionada pelo avanço da moeda norte-americana no exterior, movimento que se intensificou no mercado doméstico durante a tarde, após a confirmação de que Gabriel Galípolo seria indicado pelo governo para a presidência do Banco Central.

Quinta-feira
O dólar fechou em alta na quinta-feira (29), refletindo novos dados da economia norte-americana, que lançaram mais dúvidas no mercado sobre a magnitude dos cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, recuou.
O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre dos EUA cresceu 3%, acima das projeções de mercado, que eram de 2,8%, e da primeira prévia do resultado, que indicava uma alta de 1,4%. O Departamento do Trabalho, por sua vez, divulgou os números de pedidos iniciais de seguro-desemprego da última semana, que somaram 231 mil, abaixo dos 232 mil esperados pelo mercado e dos 233 mil da semana anterior.

Sexta-feira
O dólar voltou a subir, impulsionado pelo fortalecimento no exterior após os dados do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que ficaram em linha com as previsões do mercado, aumentando a probabilidade de um corte menor de juros nos EUA. Pela manhã, o dólar caiu acompanhando o recuo externo ante seus pares em relação ao real. A queda da divisa norte-americana foi uma resposta ao leilão de dólar no mercado à vista, de até US$ 1,5 bilhão, que foi vendido integralmente há pouco, e ao fluxo comercial dentro da normalidade, em meio à desaceleração da inflação ao consumidor na zona do euro, expectativas por novos estímulos ao setor imobiliário na China e possíveis cortes de juros nos EUA em setembro.
Às 10h04, o dólar à vista subia 1,05%, para R$ 5,6819, após ter caído mais cedo até R$ 5,5754. O contrato de dólar para outubro, mais negociado a partir de hoje, subia 0,96%, para R$ 5,7025. O índice DXY avançava 0,25%, a 101,59 pontos há pouco.
A Bolsa de Valores de São Paulo registrava, nesta sexta-feira, uma queda de 0,31% por volta das 13h, com o Ibovespa atingindo 135.616 pontos. Dados da inflação americana, que aumentou conforme o esperado, e o resultado fiscal divulgado afetaram o índice. Mesmo com o leilão de dólares realizado pelo Banco Central, a moeda americana subiu 0,33% no mesmo momento, atingindo R$ 5,642. O dólar turismo estava sendo vendido a R$ 5,868.


A alta da moeda americana ocorre porque a venda de dólares pelo Banco Central visa evitar uma escalada e mostrar ao mercado que está atento aos movimentos, e não reduzir significativamente a cotação.
O dólar passou boa parte da sessão em alta, chegando a tocar R$ 5,70 na máxima do dia. Vale lembrar que, em dia de fechamento da Ptax, com o encerramento de agosto, o mercado de câmbio local passa por maior volatilidade. Além do fortalecimento do dólar no mercado externo e da queda acentuada do petróleo após o índice PCE, preferido pelo Federal Reserve, reduzir as apostas em um corte agressivo de juros nos EUA, o mercado de câmbio brasileiro reflete o cenário local. O movimento de alta do dólar, após o leilão de swap do Banco Central, coincide com a aceleração dos ganhos da moeda norte-americana no exterior — o índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de moedas, renovou a máxima ao chegar a 101,770 pontos.

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